23.12.10

21.12.10

O buraco no muro

Para você, o que é Internet?


“Internet é aquilo com que você pode fazer qualquer coisa...”
Definição de Rogender, um garoto indiano que aprendeu sozinho a utilizar o computador pelo muro.


20.12.10

Cyber bullying

Esse é um vídeo produzido na disciplina Educação, Sociedade e Tecnologia com objetivo de mostrar a importância de se combater o cyber bullying.

A conexão que faz a diferença. Mesmo.

Em entrevista à Revista Nova Escola, especialistas alertam: adquirir equipamentos de ponta é muito mais fácil do que efetivamente se apropriar das novas possibilidades de construção do conhecimento.

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, Doutora em Educação e Coordenadora do programa de Gestão Escolar e Tecnologias, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, afirma que as escolas não exploram todo o potencial que a tecnologia oferece. "É nesse contexto que surge a importância da formação não só para o professor, mas também para os funcionários, para que a tecnologia não seja utilizada só em sala de aula, mas faça parte do coletivo."

Na prática, a especialista explica que é preciso que o educador atribua sentido aos equipamentos em seu trabalho. É só a partir do momento em que incorporamos as novas mídias que valorizamos seu uso. "Temos hoje boas bases informatizadas que foram criadas pelas próprias Secretarias de Educação com o intuito de facilitar o acompanhamento de dados escolares, como desempenho de alunos, índices de aprovação e evasão. No entanto, de nada adianta o diretor alimentar essas bases se, quando alguém solicita alguma informação, ele acha mais fácil procurar num papelzinho."

Para Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP), o uso de diferentes linguagens de mídia na escola pode ser um caminho para promover mudanças de atitudes e de metodologias de trabalho. "O professor se especializar para melhorar sua didática é insuficiente hoje, pois, como já dizia Paulo Freire, se ele tem uma prática bancária, autoritária, provavelmente vai usar as novas mídias para reafirmá-la", argumenta o pesquisador.

Acesso à reportagem: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/conexao-faz-diferenca-mesmo-423635.shtml



18.12.10

Escola e árvores

A escola deveria cultivar a árvore que está à esquerda.
Mas nos últimos tempos parece que, infelizmente, a que ali tem mais florescido é a da direita.
Pobre escola, pobre de nós.
 

17.12.10

Feliz Natal

O Peru de Natal





Por Mário de Andrade


O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.

Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.
Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, espontaneamente, a idéia de fazer uma das minhas chamadas "loucuras". Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava regularmente uma reprovação todos os anos; desde o beijo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vasta parentagem, a fama conciliatória de "louco". "É doido, coitado!" falavam. Meus pais falavam com certa tristeza condescendente, o resto da parentagem buscando exemplo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos que se convencem de alguma superioridade. Não tinham doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia para se realizar com integridade. E me deixaram fazer tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma existência sem complexos, de que não posso me queixar um nada.
Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles, já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas "loucuras":

– Bom, no Natal, quero comer peru.

Houve um desses espantos que ninguém não imagina. Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa do luto.

– Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada do diabo...

– Meu filho, não fale assim...

– Pois falo, pronto!

E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa parentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvolver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imundície de parentes já preparados pela tradição, invadiam a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces. Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios finíssimos de bem feitos, a parentagem devorava tudo e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham podido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas. Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos. Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em nossa casa, peru resto de festa.

Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante manteiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha companheira. Está claro que omiti onde aprendera a receita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu garantia quase gritando. É certo que com meus "gostos", já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vinho bom, completamente francês. Mas a ternura por mamãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.

Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sorriam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas, até que minha irmã resolveu o consentimento geral:

– É louco mesmo!...

Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais maravilhoso Natal. Fora engraçado:assim que me lembrara de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, todos dominados pela felicidade nova que o peru vinha imprimindo na família. De modo que, ainda disfarçando as coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis de economia que sempre a tinham entorpecido numa quase pobreza sem razão.

– Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso!

Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incandescente em mim, que até era capaz de comer pouco, só-pra que os outros quatro comessem demais. E o diapasão dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, redescobria em cada um o que a quotidianidade abafara por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus... Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se realizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas.

– Eu que sirvo!

"É louco, mesmo" pois por que havia de servir, se sempre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os grandes pratos cheios foram passados pra mim e principiei uma distribuição heróica, enquanto mandava meu mano servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirável da "casca", cheio de gordura e pus no prato. E depois vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua parte no peru:

– Se lembre de seus manos, Juca!

Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lembrava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou sublime.

– Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não!

Foi quando ela não pode mais com tanta comoção e principiou chorando. Minha tia também, logo percebendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lágrima sem abrir a torneirinha também, se esparramou no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra não chorar também, tinha dezenove anos... Diabo de família besta que via peru e chorava! coisas assim. Todos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria se tornara impossível. É que o pranto evocara por associação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar nosso Natal, fiquei danado. Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redesejada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sentado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma chaga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, mamãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno do Jesusinho nascido. Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de papai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora. – Só falta seu pai... Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru perfeito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele instante que hoje me parece decisivo da nossa família, tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste: – É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente, que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencionar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em família.

E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma estrelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sacrificara tanto por nós, fora um santo que "vocês, meus filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai", um santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso.

Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicidade. Ia escrever «felicidade gustativa», mas não era só isso não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos, um esquecimento de outros parentescos distraidores do grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro peru comido no recesso da família, o início de um amor novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventivo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a nossa me é impossível conceber. Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na vida coma peru de verdade! A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso infinito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces, que lá na minha terra levam o nome de "bem-casados". Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lembrança de meu pai, que o peru já convertera em dignidade, em coisa certa, em culto puro de contemplação.

Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, porque é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, católica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As outras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!...



Em: "Contos Novos", 1947.









14.12.10

Bullying na internet pode ser pior do que a violência real

De acordo com pesquisa realizada na Europa 10% das crianças entre 7 e 9 anos são vítimas de bullying pela internet. para Ann Frisen, pesquisadora da Universidade Gothenburg, na Suécia, Este tipo de bullying pode ser mais sério do que o tipo tradicional de violência.
Pensando no poder de circulação que a internet comporta, por exemplo, fica fácil concordar com a pesquisadora.

11.12.10

Reportagem sobre nível da educação no Brasil

A revista britânica The Economist disse diz que dados recém-divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o nível das escolas passou de desastroso para muito ruim.

O que mais me impresionou foi que a revista levantou razões para a má qualidade do ensino. Entre elas estaria o desperdício de dinheiro gasto com salários dos professores! Sobrou pra nós de novo! É mole?
“Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias”, diz a revista. A publicação afirma ainda que, exceto em poucos locais, professores podem faltar em 40 dos 200 dias escolares sem ter o salário descontado.

Reportagem completa aqui.

Cartilha bullying

Sobre bullying e cyberbullying uma sugestão:
a cartilha elaborada pelo Conselho Nacional da Justiça no site, voltada para professores e profissionais da escola:
http://www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf

Professores não usem essa tecnologia...

Muitos professores sentem-se perdidos na sala de aula, vejam só...

Charge

Mapa Conceitual - Redes sociais e escola

Celular em sala de aula

Por falar em celular em sala de aula, vejam a reação de uma professora da Thailandia e a versao tupiniquim...



10.12.10

Vale a pena pensar em tudo isso

Experiência. Construindo um "twittexto"




Nos trabalhos da disciplina Educação, Sociedade e Tecnologia, do Mestrado em Educação da PUC Minas, tentei criar, com os alunos e alunas, o que chamei de "twittexto".
A proposta era a de, através de contribuições de cada um pelo seu Twitter pessoal, mas articuladas ao Twitter da disciplina, criarmos um texto cujo tema seriam as redes sociais virtuais e a escola.
Conforme a orientação, cada nova "tuitada" deveria constituir-se na continuação da imediatamente anterior. Um texto coeso e coerente seria construído progressivamente.Para facilitar a busca entre os colaboradores, cada nova frase, ou "tuitada", para o "twittexto" teria o marcador [hashtag] #textorede. Dessa forma sobravam 129 caracteres para cada contribuição, sendo terminantemente vedado o "internetês". Coisas como pq, q, tb, vc e similares não valeriam, já que um desafio era exatamente que cada estudante fosse conciso usando a linguagem culta.

Ainda que um texto, ou melhor, um “twittexto” tenha se esboçado, o produto final ficou muito aquém do que eu esperava. As contribuições não vieram de todos os estudantes, alguma desarticulação do texto ficou evidente. O “twittexto”, que compilei, acabou curto, sem uma estrutura adequada. Faltou muito para atingir a expectativa, reconheço

Mas espero poder repetir a experiência. Afinal essa foi a primeira.
Solicitei a cada aluno que comentasse a experiência. Dessas análises poderei tirar indicadores importantes se vier a decidir por uma nova experimentação.

Quem sabe, adotarei a mesma estratégia de Tim Burton para escrever uma estória através do Twitter.
Tim Burton aceita a colaboração de qualquer pessoa, no limite de 127 caracteres, para a estória "Cadavre Exquis ". Diariamente ele escolhe as melhores "tuitadas" e organiza o texto. Claro que no meu caso eu teria que restringir as contribuições a alunos e alunas da disciplina. Mas a idéia de escolher as melhores contribuições deve ser considerada.
De todo modo, fica aí uma ideia para professores. Por quê não criarem "twittextos" com seu alunos. Pode ser um ótimo exercício de escrita colaborativa, coletiva.

Feliz Natal ... Digital

Uma maravilhosa e antiga história, contada com as novas tecnologias digitais de informação e comunicação.
A história pode ser sempre a mesma. Mas sempre haverá diferentes formas  de contá-la, ainda que guardando todo seu encantamento.


O cyberbullying como pauta de uma aula na Pós-graduação

Cyberbullying foi o tema na minha aula de ontem, última, na disciplina Educação, Sociedade e Tecnologia, para alunos do Mestrado em Educação da PUC Minas.

A proposta foi discutir o papel que pode caber à escola e, em especial, aos professores nesse problema que aflige a muitos. Como dissemos, nos parece essencial uma "educação para a internet" que previna o cyberbullying. A prevenção pode evitar a repreensão.
Quando eu era garoto, e o anglicismo ainda não dominava o Brasil, na escola havia a zoação. "Quatro ôio", baleia, lombriga eram expressões usadas para designar alguns alunos nas escolas. A idéia era a da brincadeira e, a não ser que saísse uma briga por causa dos "títulos", não havia muito problema. Ainda que alguns alunos tenham levado pela vida toda apelidos que ganharam, a zoação era uma questão restrita à escola, confinada em seus muros.
Mais recentemente, por conta em especial da internet, a zoação, o bullying, foi para muito além dos muros da escola. As agressões verbais, os xingamentos se tornaram acessíveis a muitos. Nascia o cyberbullying. E ele se torna realidade também no Brasil, ainda que não na intensidade com que ocorre nos Estados Unidos, por exemplo.
De repente, a escola, que na maioria das vezes tratava o bullying como uma brincadeira e só tomava atitudes quando ele provocava agressões físicas entre alunos, se vê com um novo problema, bem maior.
Pelo fato do cyberbullying ser um problema que afeta a escola, que envolve tecnologias digitais e, em maior ou menor grau, se torna uma questão para a sociedade, decidi abordar esse tema, pela primeira vez, nessa minha disciplina.
Foi bastante interessante ouvir os relatos dos alunos e alunas sobre as experiências com bullying que, de alguma forma, vivenciaram, seja enquanto estudantes, quase todos, seja no exercício da função docente, todos.
Meus alunos e alunas de maneira geral não foram vítimas de cyberbullying. Ainda que vez ou outra apareçam comunidades virtuais de alunos que odeiam o professor X ou a professora Y, nenhum deles se viu envolvido nisso. Mas, como educadores, têm responsabilidade junto a seus próprios alunos.
Na aula adotei uma dinâmica que considerei interessante. Abri o tema, tomando algumas expressões que se usavam nas zoações.
Em seguida, solicitei a eles que buscassem conceitos de bullying e cyberbullying da internet. Cada um, com seu notebook ou netbook, numa sala onde tenho acesso sem fio à internet, alguns alunos usando a cesso 3G, foi buscar os conceitos, usando search engines.
A tarefa seguinte exigiu que cada uma postasse, no Twitter da disciplina [o acesso a esse Twitter é restrito ao pessoal da disciplina], seus próprios conceitos. A jogada era obrigá-los a serem concisos, já que havia a limitação dos 140 caracteres e avisei que o "internetês" não seria permitido. Afinal, seria uma "malandragem".
Depois recomendei que vissem alguns vídeos, disponíveis principalmente no YouTube, que havia selecionado. Cada aluno ou aluna, usando um fone de ouvido para não perturbar os demais, assistiu os vídeos. A eles foi solicitado que tirassem, de quase todos os vídeos, um destaque e "tuitassem" sobre ele.
Também indiquei uma reportagem sobre cyberbullying e uma pesquisa sobre hábitos de jovens brasileiros na internet e ainda recomendei uma visita a um site que trata do tema.
Para encerrar, uma tarefa. Cada aluno ou aluna deverá criar, no Animoto, um vídeo sobre cyberbullying. Na medida em que os vídeos estiverem prontos, seus links serão divulgados aqui no blog.
Em síntese, foi uma aula com um tema contemporâneo, na qual search engines, como o Google, foram utilizadas, juntamente com vídeos on-line e o Twitter, culminando com a criação de um vídeo. Um tema provocador e a mobilização de vários recursos da tecnologia digital podem constituir em um bom ingrediente para uma aula. Pelo menos essa era a expectativa.
Listo, a seguir, os vídeos que recomendei na tarefa. Eles podem ser úteis a um professor que queira trazer, para as salas de aula, para o debate com seus alunos, os temas do bullying e de sua "versão digital", o cyberbullying.

[1] Bullying
[2] Not cool
[3] Bullying. Por quê?
[4] Reportagem sobre cyberbullying

Educação e Tecnologia: uma combinação que dá certo!

"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa,
nunca tem medo e nunca se arrepende."
(Leonardo da Vinci)

É possível construir saberes mediados pelas tecnologias de forma séria e interativa sem perder o caráter divertido do aprender? Os professores Simão Pedro e José Wilson mostraram que sim durante a disciplina “Educação, sociedade e tecnologia” ministrada no curso de Mestrado em Educação da PUC - Minas.

Profissionais com as mais diversas formações embarcaram nessa viagem e durante um semestre interagiram, debateram importantes questões sobre as tecnologias, como: escola e tecnologia, ensino a distância, celular na sala de aula, redes sociais e escola, mídias, bullying, cyberbullyng e muitos outras.

Algumas tecnologias como o Twitter, Webspiration (criador de mapas conceituais), Zoomerang (pesquisas online), ampliaram as discussões em sala de aula e possibilitaram aplicação prática dos conceitos construídos sob a forma de posts e mapas conceituais.

Percebemos ao longo desse período que, enquanto educadores, podemos ser agentes de transformação e promotores de debates e reflexões em nosso local de trabalho.

Nosso sincero agradecimento aos professores Simão Pedro e José Wilson por fazerem a diferença em nossas vidas. Aprendemos mais sobre as tecnologias com vocês!

8.12.10



WEB E REDES SOCIAIS

Há 14 anos, um dos pioneiros da internet no Brasil, o gaúcho Bob Wollheim, vaticinou: a internet não é uma rede de computadores, e sim uma rede mundial de pessoas. Uma profecia feita muito antes da popularização do Orkut, Twitter, Facebook, Youtube e tantos outros espaços de relacionamento cibernético que chamamos simplesmente de redes sociais. Esse fenômeno que fascina a sociedade contemporânea e desafia a compreensão de pesquisadores das áreas de comunicação, ciência da informação, computação, sociologia, entre outras.
Este é o tema da 18° edição da Revista DIVERSA, uma Revista da Universidade Federal de Minas Gerais. Esta revista não se trata de uma publicação científica, mas de algo diverso, uma publicação que aborda a produção de conhecimento, o ensino e a extensão de forma a mostrar as várias faces da Instituição.
Leia todos os artigos desta edição da Revista DIVERSA disponível em http://www.ufmg.br/diversa/18/diversa_18_agosto_2010.pdf

BLOG: por que vale a pena ter um


"Ferramenta do mundo virtual é um recurso simples de criar e eficaz para compartilhar as ações pedagógicas"


Uma das vantagens dos blogs é socializar com a comunidade o trabalho realizado em sala de aula. Veja como uma escola que pôs essa idéia em prática montou sua página de forma simples e amigável:

Na Escola Estadual Dona Helena Guilhon, em Belém, o blog elaborado pelo Prof. de História Eric Siqueira, se tornou um importante veículo de comunicação das ações escolares.
Clique aqui para visitar o site.

PESQUISA - SEM FOCO NA FORMAÇÃO


"Estudo da Fundação Victor Civita mostra que reuniões pedagógicas não são prioridade na rotina do coordenador". Revista Gestão Escolar Nº 11 Dezembro/2010.

Segundo Vera Maria Nigro de Souza Placco, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação e Psicologia da (PUC-SP) que é responsável por este estudo, o principal papel dos coordenadores pedagógicos deveria ser a formação em serviço dos professores, porém a pesquisa mostra que eles dedicam a maior parte do tempo a outras atividades, que são:

- atendimento a ligações de pais;
- acompanhamento da entrada e saída dos alunos;
- conferência da organização das salas;
- Substituição de professores que faltam;
- Outras solicitações dos sistemas de ensino.

Neste sentido, uma de suas funções principais que é elaborar o planejamento pedagógico e buscar melhorias constantes para o ensino e a aprendizagem tem sido relegada.
Ao serem questionados sobre essas questões, os Coordenadores Pedagógicos que participaram da pesquisa, relataram as seguintes problemas que os preocupam:

- 43% reclamam da falta de participação dos pais;
- 47% apontam questões ligadas aos alunos;
- 35% dão respostas relativas à infraestrutura;
- 31% citam problemas com os professores ;
- 14% indicam aspectos da gestão da aprendizagem e
- 15% apontam a falta de tempo.

Precisamos então refletir e analisar:

Na prática, qual será então o perfil do Coordenador Pedagógico no Brasil?

1.12.10

CYBERBULLYING: UM PROBLEMA REAL

O que é bullying virtual ou cyberbullying?


O bullying também acontece em meios eletrônicos, fenômeno conhecido como cyberbullying. Mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulam por e-mails, sites, blogs (os diários sociais), redes sociais e celulares.

É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão grandes ou piores.

Leia a reportagem Cyberbulling: a violência virtual da Revista Nova Escola e veja como nossas crianças e adolescentes estão usando os recursos tecnológicos.

http://revistaescola.abril.uol.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/cyberbullying-violencia-virtual-bullying-agressao-humilhacao-567858.shtml

FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA - EDIÇÃO 233 - JUNHO/JULHO DE 2010

Os jovens brasileiros nascidos na Era Digital. Uma pesquisa