30.10.08

Nativos digitais são multitarefa

Pesquisa encomendada por emissora de TV traça o perfil das nossas crianças e jovens. O mercado adequando-se às mudanças comportamentais propiciadas pela convergência de mídias.
Enquanto isso, por onde andam as políticas públicas envolvendo a Escola Básica e as Licenciaturas?


Entre 9 e 11 anos começa a existir maior interação, com busca também por informação – é quando acontece o pico da utilização dos videogames pelos meninos;
- O computador cresce em influência a partir dos 9 anos e se transforma justamente no equipamento mais usado em combinação com outros, registrando presença em 57,5% das combinações entre meios;
- O celular é o equipamento que tarda mais a ser incorporado, já que seu uso regular aparece entre os 9 ou 10 anos.

Leia mais...
http://www.multirio.rj.gov.br/portal/riomidia/rm_periscopio_conteudo.asp?idioma=1&idMenu=4&v_nome_area=Perisc%F3pio&label=Perisc%F3pio&v_id_conteudo=71794

29.10.08

Um telepronpter em seu computador

Tecnologias digitais e Educação

O teleprompter é um equipamento acoplado à câmeras de vídeo que exibe o texto a ser lido pelo apresentador, sendo muito usado nos jronais de TV e frequentemente por políticos e oradores.A notícia ou o discurso vai sendo passado no teleponto - essa seria a tradução em português para teleprompter - e lido pelo apresentador ou o orador.Mas suponhamos que em um curso on-line ou em uma atividade via internet o professor queira ler um texto para seus alunos ou sua platéia, olhando diretamente parra uma câmera como fazem os apresentadores de noticiários da TV.
Uma altermativa seria colocar o texto em um software como o Word, da Microsoft, ou o Write, do OpenOffice, e ir rolando a tela. Funcionaria, claro. Mas algo como o teleprompter, que vai exibindo o texto numa velocidade definida, com letras maiores para facilitar a leitura, seria mais adequado com certeza.
E se o teleprompter é o melhor recurso, que tal um gratuito que funciona em navegador para a internet, como o Internet Explorer ou o Forefox, sem necessitar de outro software instalado?Pois é isso o que oferece o Cueteleprompter.
Basta concetar-se ao site, inserir o texto [limitado a 10.000 caracteres], definir o tamanho da tela, a cor e o tamanho da fonte e começar a ler na tela.Durante a leitura do texto pode-se aumentar ou diminuir a velocidade do teleprompter, clicando em forward ou reverse, respectivamente. O Cueteleprompter oferece 9 velocidades.

28.10.08

Letramento Digital


Olá Colegas,


Nesta semana recebi o boletim do Site Educarede e, eis que me deparo com o tema Letramento digital que, por coincidência, é o tema da minha pesquisa. O portal Educarede, aborda o tema Letramento Digital focado em três grandes eixos complementares, ou grandes aprendizagens, que são: pesquisar na Internet, publicar na Internet e comunicar-se digitalmente.

Vale a pena conferir!

Abraços,

Maria Jacy

Sugestão de leitura

O texto Sociedade da informação e Educação está disponível no Portal da PBH e trata de alguns dos assuntos que discutimos em nossas aulas. Vale conferir!
Bye
Leda

25.10.08

Mafalda:tecnologia

Colegas,


vejam o que fala a Mafalda na tirinha da página inicial do site da Miriam Salles

muito legal!

abraços,
Leda

24.10.08

Na última reunião da ANPED, foi apresentado, por Valdinei Marcolla (UFPel), o artigo "Como professores e alunos percebem as tecnologias de informação e comunicação nos cursos de licenciatura". O autor sustenta que a inserção das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no âmbito educacional não deve propiciar um mero contato de alunos e professores com a máquina, mas possibilitar maneiras distintas de utilização das ferramentas tecnológicas, a fim de consolidar mudanças na ação educativa. Para tanto, é necessário haver uma profissionalização continuada dos professores e uma aproximação deles com as TICs, tornando possível uma formação para lidar crítica e pedagogicamente com as tecnologias. Também é importante pensar a introdução das TICs no espaço de formação docente, vinculado a um projeto maior de Estado e a um conjunto de políticas públicas para as Instituições Federais de Ensino Superior.
Link: http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT16-5005--Int.pdf

Abraços a todos,`
Paula

23.10.08

WEB 2.0 & CONECTIVIDADE

Em sua aula sobre WEB 2.0, Simão Pedro destacou que, as ferramentas e recursos que compõem a WEB 2.0 deverão ter espaço importante nas escolas que utilizam as tecnologias digitais.
Ele discutiu sobre as competências, essenciais para "vivermos" no século XXI, possibilitadas pelo trabalho colaborativo.
Em entrevista ao jornal do professor,http://portaldoprofessor.mec.gov.br/journalContent.action?editionId=2&categoryId=8, Beth Almeida reforçou que as ferramentas de produção colaborativa já são as mais usadas e o futuro das escolas será pautado pela palavra CONECTIVIDADE.

22.10.08

Podcast na escola

O termo podcast foi criado com base na junção do nome iPod (player de MP3) e da palavra Broadcasting (que significa radiofusão em português). Trata-se de um arquivo de áudio, transmitido pela web, com conteúdo diversificado.
Esse tipo de formato também é muito utilizado em blogs. Em vez de escrever um post, por exemplo, o usuário grava um podcast e disponibiliza no blog. São muitas as possibilidades dos usos de Podcast como a transmissão de notícias, entrevistas e diversão. Saiba mais sobre podcast.

A escola poderá utilizar o podcast, tanto nas experiências em sala de aula, na criação de textos para gravar o podcast, desenvolvendo a linguagem escrita e a oralidade dos alunos, como para divulgar projetos da escola, estimulando a criatividade.

O projeto JovEMPAM, implementado em uma escola municipal de Belo Horizonte como trabalho de pesquisa do mestrando Rodrigo Vieira, da PucMinas, orientado pelo Prof. Simão Pedro P. Marinho, é um bom exemplo de como pode ser usado o Podcast na escola.

Abraços,

Maria Jacy

21.10.08

Linguagem da internet pode ser educativa

Quase podemos afirmar que “nossos alunos nunca leram e escreveram tanto como hoje. Porém, não lêem e não escrevem o que queremos”. A linguagem da Internet é própria para a agilidade que ela oferece. O importante é incentivar a leitura e escrita para que o aprendizado aconteça. Acredito que este aprendizado deve ser orientado e estimulado por profissionais que acreditam no uso da tecnologia como ferramenta de conhecimento.
A iniciativa da Professora Roberta citada na reportagem “Professores usam blogs para ensinar e motivar alunos” é o início de uma jornada para utilização da Internet, um fator de mudança na educação.

Abraços,
Cláudia

Escrever de forma abreviada na Internet também é educativo.



Professores usam blogs para ensinar e motivar alunos

20.10.08

Aprendizagens possíveis

Caros Colegas e Professor,

Podemos criar outras possibilidades e espaços de aprendizagem. Muitos resultados dessa aquisição nos surpreendem.
O Professor Simão Pedro postou um endereço que revela experiências interessantes e significativas. Gostaria de postar também uma experiência que eu e meus colegas realizamos no ano de 2007 em um projeto interdisciplinar na escola em que trabalho.
Um abraço,

Erika Soares

E EU.COM.ISSO-Arte nas Ruas-1ºVIDEO
Trabalho E eu.com.isso Arte nas Ruas -2ºAno F-Colégio Loyola Grupo: Carolina Vilela Gabriela
E EU.COM.ISSO-Arte nas Ruas-2ºVIDEO

E EU.COM.ISSO-Arte nas Ruas-3ºVIDEO

Blog na escola ... ou para além dela

Roberta Ramos, professora de Língua Portuguesa, resolveu usar um blog para fazer exercícios gramaticais com seus alunos de 6ª série do Colégio São Luiz, uma escola religiosa tradicional em São Paulo.
Segundo a professora, o blog acaba sendo uma espécie de continuidade de suas aulas já que, além de desafios colocados aos alunos, ali estão disponíveis tarefas extras e gabaritos de provas.
É o que informa a matéria "
Professores usam blogs para ensinar e motivar alunos" da agência Estado e divulgada hoje pelo jornal Correio Braziliense.
O blog da professora é o "
Aula de Português".

18.10.08

O Data Folha publicou ontem as intenções de votos para Belo Horizonte - 2º turno. Junto publicou este gráfico acima apontando o principal problema de Belo Horizonte que os entrevistados apontaram. Vejam que a educação está em 6º lugar, com apenas 4%.

A educação anda bem em BH?

Acho que as pessoas ainda não distinguem entre universalização do ensino e qualidade do ensino.

[]

Geraldo Junio

16.10.08

Projeto Argumentum

Olá pessoal,
aproveito para fazer uma propaganda sobre o Projeto Argumentum. Esse projeto foi a iniciativa de 5 professores que utilizam da tecnologia para facilitar a aprendizagem dos alunos. Dois projetos desenvolvidos chamam a atenção. "Circo das Ciências" e Projeto "Desmistificação" que fazem parte dos recursos didáticos do Projeto Argumentum. Quem tiver interesse em conhecer um pouco sobre o projeto e opiniarem fiquem a vontade. http://www.projetoargumentum.com.br/
Abraços a todos
Cássio

15.10.08

Helpdesk

Novas tecnologias e novos projetos...
...antigos problemas.
Qual seria a solução?
Pensando em educação, a resposta estaria na formação contínua do professor?


http://www.youtube.com/watch?v=4ZwJZNAU-hE


Abraços,
Maristela

Tecnologia e Metodologia

Só para ilustrar o que estamos discutindo em nossas aulas ai vai uma sátira sobre o uso das tecnologias nas salas de aula.

“Tecnologia por si só não muda prática pedagógica.”

http://br.youtube.com/watch?v=IJY-NIhdw_4

Abraços,
Maristela

Portal de Periódicos da CAPES

Amanhã (16/10), às 14:00h, no prédio 6 - sala 110 - PUC (Coração Eucarístico), acontecerá uma palestra sobre o Portal de Periódicos da CAPES, que oferece acesso aos textos completos de artigos de mais de 9.095 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras, e a mais de 90 bases de dados com resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Inclui, também, uma seleção de importantes fontes de informação acadêmica com acesso gratuito na Internet.

14.10.08

Internet e desempenho do cérebro

Eu sou um daqueles que todo santo dia fazem palavras-cruzadas e/ou sudoku na tentativa de jamais vir a ser vítima da doença de Alzheimer.

Com a nova descoberta de professores da Universidade da California em Los Angeles, a famosa UCLA, parece que as minhas chances de morrer abraçado com esse alemão ficaram mais diminuídas ainda.
Mas nem por isso deixarei minha terapia preventiva contra a degeneração cerebral.

Clique aqui e veja porque minhas chances diminuíram.

Empresa de transporte rodoviário testa internet sem fio em ônibus

Itapemirim testa internet sem fio na linha São Paulo-Rio

A Itapemirim, maior empresa de transporte rodoviário do Brasil, está realizando testes com equipamento para conexão de internet sem fio (denominado Wi-Fi Bus) em um dos ônibus da linha São Paulo-Rio. Por meio desse sistema, o passageiro poderá conectar seu notebook ou celular à internet durante toda a viagem.

É o primeiro teste desse tipo em uma grande empresa de ônibus, e em futuro próximo a Itapemirim pretende expandir o serviço para outras linhas.
O objetivo das áreas de Marketing e Informática da empresa, em parceria com a empresa Vex Pointer Networks, é que o equipamento (instalado no serviço Golden, ônibus prefixo nº 45.809, identificado com o adesivo "Wi-Fi Zone") permaneça em testes durante todo o mês de outubro para verificação de cobertura e qualidade do sinal.

“Durante a realização do piloto, o passageiro necessita apenas clicar no botão conectar de seu equipamento”, explica Cássio Ricchetti, coordenador de marketing da Itapemirim. “Também nesse período estamos realizando uma pesquisa de avaliação para medir a aceitação do serviço por parte do cliente”, complementa Ricchetti.

Após a fase de testes, caso haja aprovação técnica, financeira e boa receptividade do serviço, será definido o número de ônibus a ser equipado com o Wi-Fi Bus e se haverá ou não algum tipo de cobrança ao cliente, pontos que ainda não estão fechados.

A Itapemirim é a primeira empresa rodoviária de passageiros do país a testar esse tipo de serviço.

Escola: da Idade Média à Idade Mídia

Apresentação utilizada pelo prof Simão Pedro P. Marinho, na aula da semana passada na disciplina.


Carregada no authorSTREAM por marinhos

Blogar é bom para a vida social

Blogar é bom para a vida social, diz pesquisa

Um estudo da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália, descobriu que pessoas que mantêm diários virtuais, ou blogs, tendem a ser mais equilibradas e têm vidas sociais mais saudáveis e felizes.

A pesquisa foi conduzida em duas partes pela professora Susan Moore e pelo pesquisador James Baker, sendo iniciada no contato via mensagem privada a 600 usuários do MySpace, que foram conduzidos a um questionário online.

Destes, 134 participaram, 84 mostraram interesse em criar seus diários e 50 não quiseram. Dois meses depois, um novo questionário foi enviado para os participantes da primeira etapa, obtendo 59 respostas.
Segundo o site TechCrunch, os pesquisadores notaram que após dois meses de blogagem a sensação de apoio social e redes de amizades eram maiores do que em pessoas que não possuem blogs.

As redes sociais online, como o Orkut, por exemplo, também afetam o equilíbrio psicológico de seus usuários de maneira positiva, fazendo com que se sintam menos ansiosos, deprimidos e estressados.

Em contato com a ABC, a professora Susan Moore explicou que, em parte, os blogueiros potenciais são pessoas de posições menos integradas à sociedade. "Descobrimos que blogueiros potenciais estavam menos satisfeitos com suas amizades e se sentiam menos integrados socialmente, eles não se sentiam tanto parte de uma comunidade como as pessoas que não se interessaram em blogar", comentou.

Inclusão Digital

Pessoal,
Encontrei um vídeo com a Professora Léa Fagundes sobre a inclusão digital na educação http://br.youtube.com/watch?v=qSuFro7lMPw.
A professora trabalha junto com o Professor Simão Pedro no Projeto UCA (um Computador por Aluno) do MEC, desenvolvendo trabalho no sul do país.
Vale a pena conferir!!!
Abraços,
Raquel

Tecnologia como Suporte de Educação

Olha só que interessante: " Diferente do paradigma tradicional, em que o aluno é considerado sujeito passivo que recebe o conhecimento e desempenha suas tarefas individualmente, nos ambientes virtuais que vêm sendo implementados pelas universidades predomina a visão de que estudantes aprendem melhor quando cooperam, desenvolvendo atividades juntos e ativamente".
Este comentário é parte do texto "A Tecnologia como Suporte de Educação " e esta disponível no http://www.parana-online.com.br/canal/tecnologia/news/141504/.

13.10.08

Ignorância googleceânica

Você sabe o que é "ignorância googleceânica?

Segundo Reinaldo Azevedo, criador do que é considerado um dos mais influentes blogs de politica do Brasil, hospedado no Veja.com, e autor do livro "O País dos Petralhas", é quando um cretino digita bobagens no Google, cai num mar de referências e fica mareado.
De fato vivemos um novo dilúvio, com um detalhe: muitos de nós contribuem para ele, criando "água".
E você? Ë um dos que ajudam a "afogar" os demais ou é apenas um dos "afogados" nesse mar de informações?

Bibvirt

Olá Colegas,

A Bibvirt- Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa disponibiliza arquivos de vídeos, sons, textos e imagens. É um projeto que visa oferecer recursos educacionais para estudantes e professores, desde o ensino infantil até o universitário, ajudando a suprir a carência de bibliotecas escolares no país e de materiais de qualidade em língua portuguesa na Internet.

Conheça a Bibvirt.

Abraços,


Maria Jacy

1.000 coisas que aprendi sobre blogs

Em seu post, Elaine nos revela os 7 motivos que Betina Von Staa apresenta para que alguém faça um blog. Contribuo para as reflexões sobre esse recurso da Web 2.0 aumentando um pouco o número.
Trago "1000 things I've learned about blogging", uma lista elaborada por Paul Bradshaw, autor do Online Journalism Blog.
Se você já clicou no link da lista, deve ter verificado que na verdade não são 1.000, mas exatos 99.
Os números do título e dos itens antecipam de alguma maneira o bom humor que permeia a lista de Bradshaw.
São ótimas dicas e algumas ainda têm links que ajudam a detalhá-las.
Khristofferson Silveira, de Macaé/RJ, autor do blog Vivendo em Hipermídia, traduziu a lista para a língua de Luiz Vaz de Camões. Assim, se você quer pelo menos agora evitar a língua de William Shakespeare, dê uma olhada em "1000 coisas aprendidas sobre blogar".

11.10.08

Sete motivos para um professor criar um blog

Vale a pena conferir
"A intenção é trazer para cá algumas das idéiasque a gente vê perdidas pelo mundo — real ou virtual(Blog de Nelson Vasconcelos)"
Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.

http://www.educacional.com.br/articulistas/betina_bd.asp?codtexto=636

A Máquina somos nós

Olá pessoal, aproveitando essa discussão sobre as fábulas aqui postadas sobre a educação aproveito para indicar um vídeo do youtube sobre a temática "Web 2.0 a Máquina somos nós". Achei muito interessante a colocação desse autor sobre o assunto. Espero que sirva para uma breve reflexão.
Aí está o link http://br.youtube.com/watch?v=NJsacDCsiPg
Abraços a todos
Cássio

10.10.08

Escola de Animais

E aí estão os prometidos "instantâneos" da Escola dos Animais





9.10.08

E a bicharada ocupou a escola

Aí está a fábula prometida. Chegou nossa hora: vamos ocupar a "escola"?!
Adailton

Diálogo com o livro

1. DIÁLOGO COM O LIVRO ( do livro Fábulas e Parábolas: aprendendo com a vida - parte 2, apresentando a parte 1, de Adailton Altoé)

Feliz pelo fato de ter sido procurado na estante da livraria. O livro de Fábulas e Parábolas interpelou o/a leitor/a carinhosamente:
_ Olá amigo/a leitor/a! Por que está me olhando assim?
_ Porque te achei interessante. Você está com uma cara muito boa.
_ Pois então, seja bem-vindo/a. Estou inteiramente a disposição.
_ Bem, muito obrigado/a! Mas, deixa-me primeiro dar uma olhada em suas orelhas.
_ Tudo bem! Contudo, lembre-se de verificar também seus ouvidos.
_ Mas para que verificar meus ouvidos? Por acaso estão sujos?
_ Não me compreendas mal. Estou apenas te convidando para fazer o exercício da escuta, para captar o que há de mais profundo em meu interior.
_ Como assim? Suas páginas são escritas e não há som nelas.
_ É que no meu interior há a descrição de experiências significativas para serem saboreadas.
_ Uai! Já passou do ouvido para a boca. Está achando que vou comer suas páginas?
_ Parece-me que você não entendeu. Por isso aproveite para dar uma olhadinha em meu índice e uma passeada através dos títulos.
_ Que coisa... Está querendo me conduzir de corpo inteiro para dentro de você?!
_ Isto mesmo! Agora começamos a nos entender.
_ E por que devo mergulhar em você por inteiro?
_ Ah! Agora gostei, se compreendi bem, você falou em mergulhar. Este é nosso objetivo fundamental: ajudá-los/las a reviver suas próprias experiências e sistematizá-las, resgatando sobretudo o que há de positivo nelas.
_ Espera aí... Está querendo me comparar com essa bicharada e objetos e comparar minha história com suas histórias?
_ Bom, o que queremos mesmo é resgatar a dignidade dos pobres, oprimidos e marginalizados, despertando em todos os valores fundantes de liberdade, de justiça, de igualdade, de partilha e de serviço, que nos fazem mais fraternos, solidários e felizes.
_ Que coisa bonita!
_ Partilhe você também sua experiência. Posso servir como chave de abertura.
_ Ótimo! Já estou seduzido/a e sentindo a vida pulsar em meu corpo. Obrigado/a!

Educador Inovador

Este fala do educador como empreendedor, aberto as mudanças pedagógicas e que adota a tecnologia para facilitar e beneficiar sua vida e a vida dos seus alunos.

Link:
http://www.escolaconectada.org.br/pesquise/texto/textos_art.aspx?id=101

Marilda

7.10.08

A Internet

A Discovery Channel está passando uma série sob o título "A Internet".
Acessem o site:
http://www.discoverybrasil.com/internet/
Interessante também o link
http://www.agenciaginga.com.br/blog/?p=1641,
onde se pode assistir o vídeo do primeiro programa: "A guerra dos navegadores".
Pesquisando um pouco mais, achei também 4 vídeos do segundo segundo programa: "A pesquisa". Acessem abaixo. Divirtam-se.

A pesquisa, parte I: http://www.youtube.com/watch?v=uffPP2XdIUs

A pesquisa, parte II: http://www.youtube.com/watch?v=tXaGCmL3LL4
A pesquisa, parte III: http://www.youtube.com/watch?v=2XxviXtBiMo
A pesquisa, parte IV: http://www.youtube.com/watch?v=N27_oo48d8g

Ficam faltando agora, os vídeos dos episódios "eBay e Amazon" e "O Futuro digital". Não tive exito na minha busca. Se algum colega depois encontrar, crie um novo post com os vídeos.

[]s
Jorge


6.10.08

Programa Salto para o Futuro

Olá pessoal,

Gostaria de sugerir, para quem ainda não conhece, o site http://www.dominiopublico.gov.br/, que dá acesso a diferentes tipos de mídia: imagem, som, texto e vídeo. As séries do programa Salto para o Futuro da TV Escola, sugeridas pelo prof. Simão, estão disponíveis nesse site e há varios delas que abordam a temática Educação e Tecnologia.

Abraços,

Paula

NOVAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: MELHORIA DO ENSINO OU INOVAÇÃO CONSERVADORA?

BOM DIA, PESSOAL! ACHEI ESTE TEXTO SUPER INTERESSANTE E GOSTARIA DE DIVIDIR COM VCS. ACHO QUE ELE TEM TUDO A VER COM AS DISCUSSÕES SURGIDAS NA ULTIMA AULA. (NÃO CONSEGUI SALVAR AS REFERÊNCIAS, O TEXTO ESTÁ DISPONÍVEL EM http://www.colombiaaprende.edu.co/html/mediateca/1607/articles-106213_archivo.pdf )

LAURA CALDEIRA

Informática Educativa Vol 12, No, 1, 1999 UNIANDES - LIDIE pp 11-24

NOVAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: MELHORIA DO ENSINO OU INOVAÇÃO CONSERVADORA?

Paulo Gileno CYSNEIROS

RESUMO

Baseando-se na história da tecnologia educacional e em uma análise fenomenológica da relação ser humano - máquina - realidade, examina usos das novas tecnologias da informação caracterizados como inovação conservadora em educação, como também aspectos da comunicação na sala de aula que podem ser transformados, ampliados ou reduzidos com os recursos da informática.

INTRODUÇÃO

Qualidade... a gente sabe o que é, e, ao mesmo tempo, não sabe. Isso é contraditório. Mas algumas coisas são melhores do que outras, ou seja, têm mais qualidade... Mas o que é "ser melhor"? Porém se a gente tenta definir qualidade, isolando-a das coisas que a possuem, então puf! - já não há o que falar... [i], (p.175). Inicialmente gostaria de fazer algumas breves colocações sobre a sala de aula que tenho em mente ao discorrer sobre a qualidade do ensino, sobre novos desafios, sobre novas abordagens da comunicação mediada pela tecnologias da informática. O contexto amplo, material e humano, em determinados tempos e espaços, não pode ser separado das discussões neste simpósio, sob pena de ficarmos falando sobre abstrações desenraizadas, longe das realidades que as condicionam, isolando nossas idéias "das coisas que as possuem". Penso na realidade cotidiana de grande parte das escolas públicas do nosso país e mesmo da América Latina. São as escolas onde situo minha experiência, nos estados do norte e nordeste e nas regiões rurais, que ainda sofrem de males consideráveis. São escolas que servem a comunidades carentes que nem sempre as consideram como suas e que não dispõem do recurso tecnológico mais fundamental que é uma biblioteca atualizada razoável. 12 Informática Educativa, 12 (1), 1999 Nas grandes cidades, as salas de aula de tais escolas tem pouco espaço físico, são ruidosas, quentes e escuras, desencorajando qualquer outra atividade que não seja a aula tradicional. A arquitetura pobre e o mobiliário desconfortável e precário dificultam o trabalho intelectual de alunos e mestres. São instituições dependentes da administração central das redes escolares, em contextos de forte dependência da burocracia cristalizada e das oscilações de quem estiver no poder. O professor encontra-se sobrecarregado com aulas em mais de um estabelecimento, falta-lhe tempo para estudar e experimentar coisas novas, recebe baixos salários. Em tais escolas tenho encontrado pessoas ensinando matérias que não dominam, como também casos incipientes de alcoolismo e um semi-absenteísmo camuflado, com o professor evitando sempre que pode a sala de aula ou fazendo de conta que ensina, em parte resultado de um esgotamento profissional prematuro. Mas também em tais escolas aprendi a ter um profundo respeito pela grande maioria de professores e professoras que desenvolveram formas criativas de ensinar e de educar, construídas dentro das limitações e das condições existentes. À partir desta atitude de respeito, de aprendizagem mútua, tem sido possível experimentar novas abordagens, com alguns sucessos em meio a alguns fracassos. Sei que esta situação está melhorando lentamente e que nos estados mais ricos (em recursos materiais e humanos) já existem muitas escolas e redes que não se enquadram na breve caracterização acima. No entanto, por dever de consciência, não posso tomar como referência os mais aquinhoados. Sei também que tais questões são complexas e que não existem soluções fáceis. Algumas das idéias que irei colocar são fruto de minha vivência nas escolas e na universidade; outras estão inacabadas, mas acredito que compartilhando-as e colocando-as em discussão, poderão ser modificadas e aplicadas em situações diversas, uma vez que a escola como instituição possui características comuns muito fortes. HISTÓRIA DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL Ao tratarmos de novas abordagens de comunicação na escola, mediadas pelas novas tecnologias da informação, estamos tratando de Tecnologia Educacional. Esta observação é pertinente porque certos autores consideram este tema como algo inteiramente novo. Tudo tem uma história, explícita ou não, cabendo ao conhecedor crítico tentar desvendá-la, interpretá-la e usá-la para não repetir erros. Uma das principais referências nesta área é o trabalho de Larry Cuban [ii], professor de educação da Stanford University, intitulado Professores e Máquinas: O Uso da Tecnologia na Sala de Aula desde 1920. Cuban estudou a introdução do rádio, filme, TV e computador em escolas norte-americanas, abrangendo a literatura desde o início deste século até meados da década de oitenta. 13 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? Sua principal conclusão é que o uso de artefatos tecnológicos na escola tem sido uma história de insucessos, caracterizada por um ciclo de quatro ou cinco fases, que se inicia com pesquisas mostrando as vantagens educacionais do seu uso, complementadas por um discurso dos proponentes salientando a obsolescência da escola. Após algum tempo são lançadas políticas públicas de introdução da nova tecnologia nos sistemas escolares, terminando pela adoção limitada por professores, sem a ocorrência de ganhos acadêmicos significativos. Em cada ciclo, uma nova seqüência de estudos aponta prováveis causas do pouco sucesso da inovação, tais como falta de recursos, resistência dos professores, burocracia institucional, equipamentos inadequados. Após algum tempo surge outra tecnologia e o ciclo recomeça, com seus defensores argumentando que foram aprendidas as lições do passado, que os novos recursos tecnológicos são mais poderosos e melhores que os anteriores, podendo realizar coisas novas, conforme demonstram novas pesquisas. E o ciclo fecha-se novamente com uso limitado e ganhos educacionais modestos. Cuban nos mostra coisas interessantes, como o trecho de um discurso de Thomas Edison (inventor do telégrafo, do gramofone e da lâmpada elétrica), prevendo, em 1913, que os livros didáticos se tornariam obsoletos nas escolas e que, usando filmes, seria possível instruir sobre qualquer ramo do conhecimento humano. Em 1922, Edison ainda afirmava que "... o filme está destinado a revolucionar nosso sistema educacional e em poucos anos suplantará em muito, senão inteiramente, o uso de livros didáticos". Da mesma época, Cuban [op.cit, p.5] transcreve um poema de uma professora, intitulado "Antiquado", que ilustra bem o sentimento do educador que se sente ultrapassado pelo discurso das maravilhas de novas tecnologias na educação: O Senhor Edison nos diz Que o rádio superará o professor. Já se pode aprender línguas pela Victrola E o filme dará movimento Àquilo que o rádio não conseguir. Professores passarão Como passaram carros de bombeiro a cavalo E damas de cabelos longos. Talvez eles sejam mostrados em museus E educação será um pressionar de botões. Oxalá haja lugar para mim no painel de controle.1 Outros aspectos do trabalho de Cuban merecem reflexões amplas, como o discurso de pioneiros da tecnologia prevendo o acesso de todos os alunos - independente de condição social ou de escola - a materiais educacionais da melhor qualidade (hoje o discurso é sobre o acesso à informação pela Internet).Também nos mostra uma foto de 1 Neste trabalho, são minhas as traduções de citações originais, algumas livres, como neste poema. 14 Informática Educativa, 12 (1), 1999 uma aula "aérea" de Geografia, a bordo de um avião adaptado com fileiras de carteiras e um quadro de giz, paradoxalmente retratando uma turma de alunos sentados, com uma professora (tudo indica), ministrando uma aula convencional com um pequeno globo terrestre. 2 Professora de Sociologia da Ciência do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT, onde também trabalha Seymour Papert, autor da linguagem LOGO. Que lições podemos aprender desta história, de um ciclo já ocorrido também com a informática na educação (e.g Watson [iii]; Valente & Almeida [iv]), em vários países do Norte? Que proveito podemos tirar, se quisermos experimentar as novas tecnologias da informação e da comunicação nas escolas acima mencionadas? Tais dúvidas tornam-se mais agudas se considerarmos comentários recentes como os de Sherry Turkle,2 que há anos vem estudando as interações de crianças com computadores. Segundo ela, "... as possibilidades de usar esta coisa (os computadores) pobremente são tão maiores do que as chances de usá-los bem, que deixam pessoas como nós - fundamentalmente otimistas acerca do uso de computadores - muito reticentes." [v] Nossa utopia é sempre tentar mudar a história futura para melhor, e não defendo posições tradicionalistas ou contrárias à tecnologia na educação. Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem contribuir para melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro lado, também não adoto o discurso dos defensores da nova tecnologia educacional, que mostram as mazelas da escolas (algo muito fácil de se fazer), deixando implícito que nossos professores são dinossauros avessos a mudanças. É um discurso tentando nos convencer a dar mais importância a objetos virtuais, apresentados em telinhas bidimensionais, deixando implícito que a aprendizagem com objetos concretos em tempos e espaços reais está obsoleta. No Brasil percorremos uma história análoga, certamente mais recheada de insucessos, como demonstram teses e dissertações sobre o tema. Também tivemos uma política de rádio na educação, seguida de outras com grandes investimentos nas televisões educativas em todo o país, sempre acompanhadas de discursos inovadores. No início dos anos oitenta iniciaram-se as primeiras políticas públicas em informática na educação, no contexto mais amplo da reserva de mercado para informática. Nosso primeiro projeto de âmbito nacional priorizou a pesquisa, dotando cinco universidades públicas com verbas do Projeto EDUCOM, que não chegou a atingir muitas escolas, mas produziu um bom contingente de recursos humanos nas instituições beneficiadas. Foram bolsistas de pesquisa que hoje em boa parte são pesquisadores nos vários campos da educação, com trabalhos em Informática Na educação. Na época, a contradição entre tecnologia de ponta e escolas precárias era mais evidente, uma vez que os computadores eram máquinas mais caras e não estavam tão 15 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? 3 Uso este conceito em sintonia com o trabalho de Neves (1994). disseminados na sociedade como hoje. Aprendemos que a expectativa de administradores, professores, alunos e pais era que se ensinasse informática na escola, não no sentido de uso pedagógico de computadores,[vi] [vii] nos levando a explorar a introdução da informática na escola como uma mistura de Informática Na educação e de preparação para o trabalho, tentando usos pedagógicos das ferramentas de software utilizadas fora da escola.[viii] A nível nacional, a história tem sido contada, de modo otimista, sob a ótica dos responsáveis pelas políticas públicas na época.[ix] [x] Com o término do EDUCOM, foi lançado um programa de Centros de Informática Na educação nos estados, CIEDs [xi], considerado um sucesso por alguns (e.g. Moraes, [op.cit]), mas que na realidade praticamente não afetou as salas de aula na grande maioria do país. Atualmente estamos vivendo um outro estágio, com uma política federal de se colocar 100 mil computadores em escolas públicas e treinar 25 mil professores em dois anos, através do projeto PROINFO[xii] cujo ponto divergente de políticas passadas é a intenção de se alocar quase metade do dinheiro para formação de recursos humanos, procurando evitar os erros cometidos em programas deste mesmo governo como o vídeo escola, onde a ênfase maior foi na colocação de equipamentos nas escolas. Apesar de ter havido avanços, algumas falhas desta política já podem ser notadas, como a ausência de articulação com os demais programas de tecnologia educativa do MEC, especialmente com o vídeo escola, e com outros como educação especial. Também não foi contemplada a formação regular de professores nas universidades, principalmente aqueles que estão concluindo seus cursos e entrando no mercado de trabalho. Várias faculdades de educação de universidades públicas que estão ministrando cursos de especialização para os professores que irão atuar como multiplicadores nos Núcleos de Tecnologia Tducacional (NTEs) do PROINFO, não dispõem de laboratórios para trabalho com Informática Na educação. Finalmente, não existe uma política de apoio a pesquisas que façam acompanhamento e dêem suporte aos NTEs que irão formar os professores da escolas beneficiadas.

INOVAÇÃO CONSERVADORA

O fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas para melhoria da qualidade do ensino. Em escolas informatizadas, tanto públicas como particulares, tenho observado formas de uso que chamo de inovação conservadora,3 quando uma ferramenta cara é utilizada para realizar tarefas que poderiam ser feitas, de modo satisfatório, por equipamentos mais simples (atualmente, usos do computador para tarefas que poderiam ser feitas por gravadores, retroprojetores, copiadoras, livros, até 16 Informática Educativa, 12 (1), 1999 mesmo lápis e papel). São aplicações da tecnologia que não exploram os recursos únicos da ferramenta e não mexem qualitativamente com a rotina da escola, do professor ou do aluno, aparentando mudanças substantivas, quando na realidade apenas mudam-se aparências. A história da tecnologia educacional contém muitos exemplos de inovação conservadora, de ênfase no meio e não no conteúdo. Devido ao efeito dramático, sedutor, da mídia, em certos casos a atenção era concentrada na aparência da aula, tomando-se como algo "dado" o conteúdo veiculado, seja na sala de aula por transparências ou filmes, ou pela difusão ampla de conteúdos, através da TV, do rádio ou mesmo de livros textos cheios de figuras, cores, desenhos, fotos. As disciplinas de fundamentação também não ajudavam muito, ao preconizarem princípios e leis gerais de aprendizagem e de ensino, sem focar a aplicação de tais conhecimentos em conceitos específicos e sem a pesquisa sobre o ensino de tais conceitos, que oferecesse ao professor indicadores da eficácia dos novos meios e modos de apresentar o conteúdo. Assim, à primeira vista, impressionava o uso de transparências graficamente impecáveis, com recursos que podiam distrair o aluno espectador, principalmente quando o aprendiz não entendia ou não gostava do conteúdo. Atualmente a inovação conservadora mais interessante é o uso de programas de projeção de tela de computadores, notadamente o PowerPoint©, com o qual o espetáculo visual (e auditivo) pode tornar-se um elemento de divagação, enquanto o professor solitário na frente da sala recita sua lição com ajuda de efeitos especiais, mostrando objetos que se movimentam, fórmulas, generalizações, imagens que podem ter pouco sentido para a maioria de um grupo de aprendizes. A inatividade (física e mental) do aprendiz é reforçada pelo ambiente da sala, geralmente à meia luz e com ar condicionado. Como veremos mais adiante, tais tecnologias amplificam a capacidade expositiva do professor, reduzindo a posição relativa do aluno ou aluna na situação de aprendizagem. Além do computador propriamente dito, outros artefatos de ensino vem sendo criados com a tecnologia da informática. Em uma de minhas aulas, um aluno-professor fez uma observação sobre um quadro de pincel que produz na tela do computador do aluno aquilo que for escrito pelo professor. A exposição pode até ser mais convincente no inicio, devido ao aspecto dramático, mas essencialmente não difere de uma aula tradicional. Outra variante é um quadro de pincel que, ao aperto de um botão, produz uma cópia xerográfica reduzida daquilo que foi escrito ou desenhado. Quando analiso tais tecnologias nas minhas aulas, tenho observado reações espontâneas de professores que se impressionam, fazendo comentários tipo "que maravilha." Tais reações são indicadores da crença secular de um grande número de educadores, que ensinar é expor, embora possam dizer o contrário. Não quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados. Podem ser usados quando se deseje que o 17 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? 4 No entanto, é necessário registrar um lado positivo da simples transposição do trabalho escrito para o computador, no caso de estudantes que tem caligrafia pouco legível ou que possuem problemas de coordenação motora com o uso do lápis e papel . Sugiro ao leitor uma análise de tal situação sob o enfoque fenomenológico apresentado neste trabalho. aluno não se distraia copiando detalhes, pedindo-se logo depois que ele ou ela trabalhe com o material impresso copiado do quadro eletrônico. Também podem facilitar a comunicação e a vida do professor, possibilitando criar transparências em pouco tempo, praticamente durante uma aula, para responder a dúvidas de alunos, quebrar a monotonia, preparar rapidamente material para aulas seguintes. Mas tal tipo de artefato pode também ter efeitos contrários, gerando situações onde o aluno não precisa nem mais copiar - a coisa já vem pronta e acabada para se levar para casa e memorizar para a prova. Tal tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido a lição, pois tudo que o mestre escreveu está ali, gravado, do jeito dele, com os mesmos espaços, tamanhos, etc. Essa sentimento é ilusório, como todo mundo que já passou pela escola sabe. Alguns dias depois o aluno submete-se a uma prova confiante que aprendeu, e verifica que o conteúdo não foi assimilado segundo os objetivos (ou a avaliação) do professor. Como me disse uma vez um experiente professor de Química, há uma enorme distância entre a axila (onde o aluno coloca o caderno de anotações após a aula) e a cabeça. Poderíamos comentar muitos outros exemplos de inovação conservadora no ensino. Tenho visto software educativos que apenas "penduram" mapas mundi em um telão ou no vídeo de computadores onde alunos sentam de modo solitário, pouco diferindo de similares pendurados nas paredes da sala de aula. Outro exemplo comum é a digitação de trabalhos escolares convencionais, dentro ou fora da sala de aula e sem a orientação do professor. Neste caso, a tecnologia pode até facilitar ou dissimular a cópia plagiadora de pedaços de enciclopédias, de páginas da Internet, de livros de texto e de materiais gráficos escaneados. Tais produções de alunos podem impressionar professores sem experiência de computadores, pelo aspecto gráfico esmerado dos trabalhos e pela extensão do texto (em alguns casos feitos por outra pessoa, algo mais difícil de ocorrer quando o professor conhece a caligrafia do aprendiz).4 Vários autores reconhecem que os usos educativos das tecnologias da informação na última década - instrução assistida por computador (CAI), informações em rede, aprendizado à distância - foram embasados em métodos pedagógicos tradicionais: fluxo unidirecional de informações, tipicamente um professor falando ou comentando imagens para alunas e alunos passivos.[xiii] Outra prática trivial é a confecção de faixas e cartazes por programas monótonos de computadores. Antes, em formulário contínuo; atualmente, com impressoras coloridas que consomem caros cartuchos descartáveis de tinta, algo despropositado quando ocorre nas escolas que caracterizei antes. Tais materiais podem ser bem mais baratos, 18 Informática Educativa, 12 (1), 1999 bonitos e criativos quando confeccionados com pincéis e papéis coloridos, com a ajuda de alunos talentosos (sem excluir, obviamente, o uso ocasional de tais programas gráficos). Alguns professores experientes percebem que quase nada mudou na sala de aula, porém outros, talvez iludidos por um suposto efeito do computador, vêm vantagens nas novas formas de apresentar o conteúdo, algumas vezes reforçadas por um discurso defendendo o construtivismo ou outros conceitos da moda, pouco ou mal-compreendidos. Os alunos também cansam-se facilmente após o efeito da novidade. Um excelente exemplo de inovação conservadora encontra-se em um belo livro de Asimov[xiv], exibindo e comentando uma série de cartões produzidos por um desenhista francês no final do século passado, imaginando o que seria a sociedade do ano dois mil. Um dos desenhos representa uma escola deste final de século, com alunos sentados em fileiras com fones de ouvido, recebendo passivamente o conteúdo de livros que estão sendo "moídos" por um ajudante do professor. Há pouco tempo vi uma foto em uma revista semanal de educação, provando que o desenhista estava certo, ilustrando uma situação semelhante em uma escola paulista de elite, onde os alunos portavam óculos de realidade virtual em lugar de fones de ouvido. Outra distorção, associada ao conceito de inovação conservadora é o que Salomon & Perkins[xv] chamam de Rationale do Monte Everest ("porque está lá"), ou seja, a preocupação de professores em usar as tecnologias da informática no maior número possível de disciplinas e de conteúdos, uma vez que tudo hoje é feito com computadores. A presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos modos de aprender. Como ocorre em outras áreas da atividade humana, professores e alunos precisam aprender a tirar vantagens de tais artefatos. Um bisturi a laser não transforma um médico em bom cirurgião, embora um bom cirurgião possa fazer muito mais se dispuser da melhor tecnologia médica, em contextos apropriados.

INTERNET, INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

Outro aspecto que pode confundir o educador é o discurso da necessidade da informação (colocado por Seymour Papert[xvi], e por alguns conferencistas de congressos de informática), que nos causa de inicio certa angústia ao concluirmos que a escola não tem acesso imediato à enorme quantidade de informação que é produzida diariamente no mundo. "Meu Deus", o pobre professor tende a pensar, "estou desatualizado. Preciso de um computador para fazer tal trabalho inteligente para mim e meus alunos." 19 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? Dai é fácil concluir que a escola também está obsoleta, que a disciplina que ensina está desatualizada, que os livros são antiquados, etc. Em tais horas, devido ao sentimento de inadequação, não ocorre ao professor que o mais importante é o ato de pensar com determinadas informações, não o acesso indiscriminado a qualquer informação. Esta situação me lembra uma estorinha contada de modo mais ou menos gaiato (com uma pitada de ironia) por Ariano Suassuna, sobre duas estudantes universitárias que aplicavam um questionário à gente simples de uma cidade do interior da Paraíba. Chegando à beira do açude local, as universitárias abordaram dois pescadores que acabavam de chegar com alguns peixes, em uma tosca embarcação. Uma das pesquisadoras pergunta: - O senhor sabe quem é o governador do estado? - Sei não moça. - Sabe quem é o prefeito da cidade? - Também não moça. - Conhece algum deputado? - Conheço não moça Houve um pequeno silêncio, quando uma das meninas comentou casualmente: - Puxa, moço, o senhor não sabe nada, hein? Um dos pescadores pegou um dos peixes pelo rabo e perguntou às forasteiras: - Vocês sabem que peixe é esse? - Sei não, moço. - E esse outro, vocês conhecem? (A mesma resposta negativa). - E esse? E esse aqui? Foi a vez do pescador comentar: - Pois é moça, cada um com suas ignorâncias. Certamente a maior parte das informações disponíveis na Internet não seria de muita valia para os problemas encontrados pelos pescadores naquele interior da Paraíba. Ao contrário, eles teriam muito para colocar na rede mundial. Para a formação básica de uma criança e para resolução dos problemas que alguém encontra no dia a dia, as informações mais relevantes são aquelas amadurecidas pelas gerações passadas, pelo tempo, ou aquelas encontradas na própria comunidade, acessíveis através de meios mais simples como jornais e pelo contato humano no próprio grupo social, não aquilo que está ocorrendo em Nova Iorque ou em Tóquio e colocado na Internet. Claro que muito do acervo cultural da humanidade pode ser obtido através da Internet, em alguns casos de modo vantajoso, mas em outros com a possibilidade de usos que caracterizei antes como inovação conservadora. 20 Informática Educativa, 12 (1), 1999 Embora a Internet seja um recurso com muito potencial para determinadas atividades educativas, ela também pode ser mais um fator de colonialismo cultural, pois estamos recebendo a informação daqueles que tem condições de colocá-la nos computadores, reduzindo nossa presença e ampliando o alcance do poder de suas idéias, com todos os fatores associados do formato hiupertexto, da velocidade, de multi-representações. Nesta ótica, é muito importante que coloquemos tais máquinas nas mãos de nossas crianças e adolescentes, porém sempre predominando o ato de educar, de examinar criticamente - numa atitude freiriana -, aquilo que está lá. Onde a sabedoria de um professor de uma escola rural, ou de um velho pescador da comunidade, pode ser mais importante para a formação da identidade da criança e para a sobrevivência da cultura do que toda a informação que é produzida diariamente nos lugares sofisticados do planeta. Tal atitude não se coaduna com outra face implícita em alguns discursos sobre a Internet, defendendo a idéia de que as crianças sabem o que querem, que o mais importante é a curiosidade, a espontaneidade, o aspecto lúdico da aprendizagem. Embora devamos perseguir o ideal de uma aprendizagem estimulante e auto motivadora - em salas de aulas ricas em recursos e com respeito à individualidade e espontaneidade do aprendiz - sabemos que além do prazer da descoberta e da criação, é necessário disciplina, persistência, suor, tolerância à frustração, aspectos do cotidiano do aprender e do educar que não serão eliminados por computadores.

UMA CONCEPÇÃO FENOMENOLÓGICA DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Desde minhas primeiras incursões pela literatura sobre as tecnologias da informação e da comunicação, aplicadas ou não à educação, tenho tido a impressão de caminhar sobre um grande mosaico de pedras desconexas, de formas e tamanhos diversos. Muitas são peças novas, fascinantes e de boa qualidade. Outras são recentes, mas quando examinadas de perto revelam ser apenas fantasia ou pedras gastas, repintadas. Algumas são antigas, resistentes e encaixam muito bem com as novas, de boa qualidade. Outras são muito interessantes, mas ainda não foram cortadas e cozidas, e podem até quebrar quando submetidas à temperatura dos fornos que conferem intemporalidade às cerâmicas nobres. Esta analogia traduz uma sensação que talvez seja uma das características permanentes da multidisciplinaridade de um área como a Informática Na educação. Mas sinto falta de uma abordagem coerente, que tenha começo, meio e aponte para algum fim. Esta necessidade torna-se mais saliente quando trabalhamos com a formação de professores em Informática Na educação, que aprendem habilidades diversas e são expostos a teorias e pontos de vista muitas vezes desconexos. 21 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? 5 Filosofias da práxis, de modo amplo, são aquelas que de algum modo consideram uma teoria de ação como elemento primário, precedendo ou fundamentando uma teoria do conhecimento (Ihde, 1979). Na tentativa de dar coerência ao todo, fui encontrar na Filosofia (como não poderia deixar de ser), um dos enfoques amplos que podem servir como ponto de partida. Numa perspectiva das filosofias da práxis,5 venho explorando, para a construção, mesmo modesta, de um modelo, partes do trabalho de Don Ihde [xvii] que, baseando-se em Heidegger e em Husserl, examina o uso humano de ferramentas. A Fenomenologia tenta abordar os objetos do conhecimento tais como aparecem, isto é, tais como "se apresentam" à consciência de quem procura conhecê-los, tentando deixar de lado toda e qualquer pressuposição sobre a natureza desses objetos (Heidegger [xviii], Rezende [xix]), Um dos primeiros passos neste sentido é tentar rever a experiência psicológica do óbvio, do cotidiano, cujo conhecimento é embotado pela familiaridade. Tal abordagem, embora pareça fácil, torna-se difícil pela enorme complexidade da experiência humana. Como diz um ditado, o peixe é o último a descobrir a água. Nossa experiência da realidade é transformada quando usamos instrumentos {Ser Humano > (máquina) > Mundo}. Através do instrumento há uma seleção de determinados aspectos da realidade, com ampliações e reduções. A amplificação é o aspecto mais saliente e pode nos deixar impressionados, maravilhados, ao experimentarmos coisas (ou aspectos de objetos conhecidos) que não conhecíamos antes, com nossos sentidos nus. A redução, ao contrário, é recessiva e pode passar despercebida, uma vez que não ocupa necessariamente nossa consciência, impressionada com o novo. Uma das conclusões de uma primeira análise fenomenológica superficial é que a tecnologia não é neutra, no sentido de que seu uso proporciona novos conhecimentos do objeto, transformando, pela mediação, a experiência intelectual e afetiva do ser humano, individualmente ou em coletividade; possibilitando interferir, manipular, agir mental e ou fisicamente, sob novas formas, pelo acesso a aspectos até então desconhecidos do objeto. Dependendo do objeto, do sujeito (mais ou menos crítico), de sua história e da situação especifica, pode-se considerar as novas características ampliadas do objeto como mais reais do que aquelas conhecidas sem a ajuda de instrumentos. Pode-se, assim, confundir as duas dimensões de continuidade (em essência o mesmo objeto) e diferença (conhecido parcialmente de outro modo) entre a percepção ordinária e aquela mediada. Neste sentido, as realidades possibilitadas pelas novas tecnologias da informação podem ser alienantes, como nos relatos dos viciados em computadores. Para ilustrar, examinemos superficialmente o uso mais comum de computadores, que é a manipulação de textos. Que aspectos do objeto texto podem ser selecionados, ampliados, reduzidos através do instrumento? O texto em papel (em átomos, como diz 22 Informática Educativa, 12 (1), 1999 6 Um suplemento mensal da Time Magazine International (Time Digital, nov. 10, 1997), a revista semanal mais influente do planeta, traz na capa a foto de uma criança branca risonha, ainda de fraldas, com as mãos em um teclado, ladeada pelas manchetes: "Generation WWW. Use technology to raise smarter, happier kids" (Geração WWW. Use a tecnologia para criar crianças mais sabidas e mais felizes). Negroponte [xx]) amplia a permanência da escrita (não é facilmente modificável) e a comodidade de manuseio pelo leitor, podendo ser transportado para qualquer lugar, colocado em qualquer posição, riscado, dobrado, relido, compartilhado sem necessidade de qualquer outro suporte auxiliar. Já o texto eletrônico (em bits, segundo o autor citado) é facilmente modificável e transportável sem as limitações de distâncias, mas depende de um computador e de energia elétrica para ser lido; também não é tão móvel como um conjunto de folhas de papel e não pode ser riscado com tanta facilidade. Em certas situações o texto em papel é muito mais cômodo que em computador. Mas se quero reescrever um artigo ou enviá-lo para um colega noutra cidade, a forma eletrônica é muito mais adequada. A história pessoal de muitos de nós, acostumados com a escrita em papel, revela nossas reações de surpresa (efeito dramático), quando experimentamos, nas primeiras vezes, o ato de escrever mediado pelo computador. Outro aspecto que tende a passar despercebido é o caráter inicial dramático da realidade mediada pela nova tecnologia. Nos primeiros anos do cinema, por exemplo, as platéias em salas escuras tinham medo de cenas de trens que se aproximavam do espectador (confusão entre percepção ordinária e mediada). Ainda hoje, depois de quase meio século, a TV ainda goza do charme dramático da novidade, ao realçar formas e alterar perspectivas de rostos e de outros detalhes corporais; ao criar efeitos e modificar tempos e espaços de objetos apreendidos por lentes e manipulados depois em laboratório, mostrando-os repetidamente, descobrindo ou inventando novas realidades. Além de ampliar os sentidos, condicionando a experiência da realidade, as tecnologias da informática, amplificam aspectos da capacidade de ação intelectual. Talvez este aspecto explique em parte o mito - disseminado no início dos anos oitenta com a linguagem LOGO e desde então reforçado pela mídia - que computadores desenvolvem a inteligência das crianças, apesar das pesquisas sérias não corroborarem tal coisa.6 O fato de "inteligência" ser um conceito amplo, uma realidade construída, não visível, um terreno fértil para interpretações enganosas, torna-se fácil disseminar a crença na sua ampliação pelo uso de instrumentos. Esse tipo de análise normalmente não se encontra nos livros sobre informática na educação e não é uma tarefa simples que possa ser feita sem a experiência com a tecnologia, em tempos e espaços determinados. Supõe uma atitude inicial de despojamento de pré concepções, de predisposições, especialmente aquelas provocadas pelo efeito dramático da novidade, tanto nos seus aspectos positivos (acesso a novas formas de manipulação de um objeto como a escrita e a reescrita, por 23 Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora? exemplo), como negativos (desorganização inicial de um atividade em grupo que era feita em sala de aula segundo rotinas com resultados previsíveis). Esse tipo de construção de novas formas de ensinar e de aprender, de conhecimentos novos, exigirá do professor uma atitude permanente de tolerância à frustração e de pesquisa não formal, de busca, de descoberta e criação, no sentido tratado por Demo [xxi]. Descoberta de usos pedagógicos da tecnologia já experimentados por outros, que exige comunicação, troca, estudo, exploração. Criação no sentido de adaptação, de extensão, de invenção. Em ambos os casos, fracassos e sucessos são faces da mesma moeda, com demonstra a história da produção humana de conhecimento e especificamente as histórias de sucesso em Informática Na educação. Sandholtz, Ringstaff & Dwyer [xxii], nos oferecem um dos raros relatos baseados no cotidiano de vários professores de escolas norte-americanas saturadas de tecnologia, durante cerca de uma década, assistidos por especialistas. Nossas escolas públicas e professores, como vimos no início deste trabalho, ainda não possuem ambientes favoráveis a este tipo de atividade. Isto no entanto, não significa que não devamos iniciá-la, que o professor desista de experimentar, de ousar. Lembro, por exemplo, de um jovem professor de uma escola de periferia de Recife, que aos sábados levava seu computador pessoal para a escola, compartilhando-o com um grupo de alunos. Como coloquei em outro trabalho [xxiii], que aspectos da experiência humana da escola e do ato de educar, nos conteúdos das várias disciplinas e séries, merecem e podem ser transformados, ampliados ou reduzidos com a Informática e a Telemática? Quais as implicações das reduções que inexoravelmente ocorrerão, uma vez passado o caráter dramático inicial? Tais perguntas não são fáceis de responder, mas podem servir de guias genéricos para a reflexão e a experimentação em situações do cotidiano da escola, onde o professor e o administrador dispõem pouco do apoio confortável e protetor de conhecimentos acumulados, pois o uso pedagógico das novas tecnologias é algo relativamente incipiente.

5.10.08

Interação e Interatividade: Tecendo reflexões

Interação e Interatividade – Tecendo reflexões

Olá Colegas!

A partir das questões apontadas em sala de aula apresento algumas questões acerca de interação e interatividade referenciada pelos estudos de Marco Silva e Alex Primo.
Silva (2002) defende o uso do termo interatividade, em virtude de considerar o termo interação amplo demais, o que o torna vago, pois é proveniente da física, sendo utilizado pela sociologia e psicologia social, significando a relação entre dois ou mais elementos ou pessoas. Encontram-se implícitos no conceito de interatividade apresentado pelo autor “a disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo” e ainda o uso do termo “usuário” (p. 20).
Primo (2007) tece críticas à Interatividade e enfatiza que, a palavra encontra-se calcada na perspectiva do usuário que atende a indústria da informática, configurando uma abordagem mercadológica, como argumento de venda. Para o autor em educação o termo é reducionista, pois “o usuário usa algo, não alguém” dessa forma, reduz interação a consumo. O mesmo autor salienta que, a moda na atualidade é o uso do termo disponibilizar. Nessa perspectiva, segue em defesa do uso do termo interação a partir da compreensão de que, a sociologia utiliza o termo e não há motivo para descartar. Nesse sentido, apresenta no livro “Interação mediada por computador” duas formas de interação: reativa e mútua. A primeira pautada na mecanicidade e a segunda na recursividade.
Silva (2002) aponta como pilares da interatividade três binômios “participação-intervenção”, “bidirecionalidade-hibridação” e “permutabilidade-potencialidade”. O primeiro está relacionado à potencialidade disponibilizada pelas Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação que possibilita a ocorrência da participação e intervenção, aliada à perspectiva inclusiva da comunicação social e as diferentes formas sensoriais. O segundo evidencia a “igualdade” entre emissor e receptor, pois ambos possuem as mesmas possibilidades de intervenção e a “fusão A-B”. O terceiro trata da possibilidade de arquivamento “de quantidade de informações, mas também a ampla liberdade para combiná-las (permutabilidade) e produzir narrativas possíveis (potencialidade).” (p. 131)
Primo (2007) ressalta o inquestionável avanço de Silva (2002) em sua obra “Sala de aula interativa” e cita que o autor trabalha de forma cuidadosa os Fundamentos da Interatividade, mas aponta aspectos que considera questionável. Exemplifica que a partir de tais fundamentos “tanto um participativo estudante em um curso online quanto um robô de inteligência artificial seriam aprovados em todos os quesitos listados.” Todavia, um robô apenas reage aos comandos que se encontram previstos em seu código. Dessa forma trata-se de uma forma de interação reativa, pois o “diálogo humano não é apenas uma relação automática nem previsível” (p. 44-47)
Referências:
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2002 e PRIMO, Alex. Interação mediada por computador. Sulinas, 2007.

Para saber mais:
http://www6.ufrgs.br/limc/livroimc/enfoques_desfoques.swf
Alex Primo trata a respeito dos “Enfoques e desfoques no estudo mediado por computador”

Para discutir a respeito interatividade:
http://www.saladeaulainterativa.pro.br/
Marco Silva convida para o debate acerca da sala de interativa.

E você qual é o seu pensamento ou a sua defesa? Interação ou interatividade?

Abraços,

Carmem

4.10.08

Inclusão Digital

A inclusão digital não deixa de ser um problema para nossas escolas públicas. Muitos estudantes não tem acesso direto a computares, sempre dependem de um vizinho, lan-house, ou o laboratório da escola (quando este funcional).

Uma iniciativa do empresário Jair Martinkovic recupera os computadores "Frankenstein" e os retornam para o mercado a preços que variam de R$ 300,00 a R$ 600,00. Esta prática se torna uma boa alternativa para famílias de baixa renda.

Confiram a reportagem http://br.youtube.com/watch?v=v60iy5LKy4E&feature=related

[]
Geraldo Junio

3.10.08

Tentativas de acerto e erro: desafios do letramento virtual

Caros colegas,

Após algumas tentativas anteriores estéreis, consegui, enfim, adentrar por essa nova possibilidade de interação com vocês.
Retomo algumas considerações partilhadas em nossa última aula.
Penso que um dos fatores que explicam o descompasso entre a escola e a utilização das tecnologias da informação está muitas vezes centrada na posição do professor.
Apropriar-se das tecnologias demanda mais que ter ao alcance todo o aparato tecnológico material. Todavia, não estou desconsiderando a importância de sua materialidade, mas pontuando que o problema não é simplesmente o fato da escola ter ou não laboratório de informática, projetor de multimídia ou banda larga. Pondero que há uma questão anterior que diz respeito às crenças e hábitos do professor na forma como opera com o conhecimento e, por extensão, na forma como opera com a aquisição do próprio conhecimento.
Aristóteles afirmou que a virtude está no meio. Ela não está nem no excesso e nem na falta. O grande desafio é encontrar tal medida. E qual o motivo dessa citação? Penso no cuidado que precisamos ter em não adotarmos um posição de negação e resistência ao que está presente em nossa sociedade contemporânea, que é a tecnologia em suas várias modalidades sob pena de comprometermos a interação entre o professor e o aluno na aquisição e produção do conhecimento. A comunicação necessita da receptividade e do reconhecimento e, por conseguinte, de abertura. Também considero que o outro lado, o do excesso, pode operar outra forma de prejuízo. Novidades demais podem desfocar o que é essencial.
Procurar uma forma de "solucionar" as relações entre a escola/educação e as tecnologias em nossa sociedade pressupõe um primeiro passo: colocar em discussão nossas próprias posições, que nem sempre estão claras para nós mesmos. E mais, necessita também avaliar, com o devido cuidado, que só podemos averbar julgamento daquilo que conhecemos, portanto, capacitação é fundamental para adentrarmos no terreno da reflexão e ação.
Um abraço,
Erika N A. Soares