Na sociedade pós-moderna observam-se grandes modificações no que tange à Educação enquanto conteúdo e enquanto processo. Os conteúdos, a essência do que é Educar, e do Quê Educar, vêem-se influenciados pela elevada velocidade de informações e do alargamento dos horizontes do conhecimento a partir da democratização do saber via sociedade de rede. A educação é forçada a absorver o novo, que revela-se a partir do uso de processos tecnológicos como forma de veiculação de conhecimentos, alterando-se a forma de se ensinar.
3 comentários:
As novas tecnologias mudam profundamente o problema da educação e da formação, pois o que pode ser aprendido não pode ser mais planejado e nem precisamente definido com antecedência. Os percursos de aprendizagem e o desenvolvimento das competências são singulares não cabendo mais o mesmo modelo de programa para todos. É preciso construir novos espaços de conhecimentos emergentes abertos, não lineares reorganizando-os de acordo com os objetivos e contextos próprios de cada indivíduo. (LÉVY, 1999)
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
Adriana, no âmbito da teoria das relações entre a sociedade e a rede, Castells (1999), destaca que ao longo da história, o Estado foi à principal força de incentivo e inovação tecnológica, seja interrompendo, seja promovendo, seja liderando a inovação tecnológica, como fator decisivo no processo geral, à medida que expressa e organiza as forças sociais dominantes em um espaço e uma época.
O autor mostra que a habilidade ou inabilidade de as sociedades dominarem a tecnologia e, em especial, aquelas tecnologias que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, traçaria seu destino e expressaria a sua habilidade para impulsionar seu domínio tecnológico por intermédio das instituições sociais (CASTELLS, 1999).
Percebe-se que no Brasil, há mais de uma década, o Ministério da Educação tem assumido a responsabilidade pela introdução das novas tecnologias nos ambientes de aprendizagem. E para que tal objetivo seja alcançado é preciso cooptar professores e gestores para que compreendam e utilizem o novo aparato tecnológico e informacional em benefício da educação brasileira.
A apresentação feita pelo Ministério da Educação (MEC) do texto preliminar do novo Plano Nacional de Educação (PNE), a vigorar no decênio de 2011 a 2021, cita como problema principal à formação, a qualificação e a valorização do professor em todos os níveis de ensino (BANCO MUNDIAL, 2010).
Esta política pública é parte fundamental na resolução de problemas em um setor estrutural da sociedade brasileira, tanto no que diz respeito a sua responsabilidade na formação de indivíduos capazes de protagonizar papéis de relevância em diversos setores, quanto na preparação de mão-de-obra qualificada e dotada de habilidades essenciais para acompanhar os processos de formação continuada em uma economia caracterizada pela constante atualização em seus modos de produção.
Dentro desse contexto, o profissional de educação torna-se um ator crucial para o sucesso de inúmeras políticas públicas que venham a ser implementadas nos próximos anos.
É preciso repensar o papel da escola na sociedade e o que ela quer formar. O aparato tecnológico e informacional deve ser posto a favor de uma educação que transforme.
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