Multiculturalismo e a arte da mudança
Vivemos um tempo multicultural em que somos tomados por um sentimento de instabilidade, devido em parte à torrente de informações a que estamos sujeitos no cotidiano, contribuem ainda para uma percepção turbulenta dos acontecimentos, o fato de que a todo momento somos desafiados a lidar com uma nova tecnologia.
Esse cenário acaba por nos induzir à sensação pós-moderna, em que vivenciamos a mudança como um fator constante em nossas vidas, e em certa medida acabamos por considerar toda essa agitação como sendo natural do nosso tempo.
A escola acaba por ser um ambiente fecundo para a confluência dessas mudanças de pensamento, métodos e técnicas, e o professor como seu agente privilegiado ressente a competência para lidar com tamanho desafio, o enfrentamento de uma prática incerta, incompleta, virtualizada.
Um aspecto importante para a sobrevivência da escola nesse bombardeio pós-moderno é saber se organizar, focar em objetivos e demarcar espaços de atuação, tendo como norte um currículo previamente planejado e estruturado, mas que tenha como premissa a porosidade e flexibilidade para lidar com as incertezas e contingencias do caminho.
Um aspecto importante para a sobrevivência da escola nesse bombardeio pós-moderno é saber se organizar, focar em objetivos e demarcar espaços de atuação, tendo como norte um currículo previamente planejado e estruturado, mas que tenha como premissa a porosidade e flexibilidade para lidar com as incertezas e contingencias do caminho.
5 comentários:
A Pós-Modernidade gera para a educação exigências diferente das tradicionais. O problema não é a quantidade, mas a qualidade das informações, a capacidade de entendê-las, processá-las, organizá-las e transformá-las em conhecimento. Bem como a capacidade de aplicar essas informações a diferentes contextos e situações em virtude dos valores pessoais, profissionais ou sociais. (GÓMEZ, 2011)**
Segundo Arruda (2009)*, essa nova realidade educacional não deve ser vista apenas como uma evolução dos processos educativos, mas como uma espécie de “ruptura” com os modelos de aprendizagem anteriores, onde o conhecimento se apresenta de forma diferente.
A globalização traz com ela mudanças nas concepções de tempo e espaço, não havendo mais distâncias, nem fronteiras, vive-se o aqui e o agora. Os avanços tecnológicos, característica essencial da Sociedade da Informação, criam novos espaços, novas velocidades sempre questionando e reinventando o mundo através do virtual.
Nessa ótica, Pretto (2003)*** destaca a necessidade de uma nova escola e de um novo professor, capazes de trabalhar com esse mundo de informações e tecnologias na formação de um novo ser humano que nele viva plenamente. O autor também aponta a necessidade da escola, enquanto formadora do indivíduo, e do professor, se adequar a essa realidade imposta pela sociedade atual, tanto do ponto de vista do convívio social quanto do mercado de trabalho.
*ARRUDA, Eucidio. Relações entre tecnologias digitais e educação: perspectivas para a compreensão da aprendizagem escolar contemporânea. In: FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Cibercultura e formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 13-22.
**GÓMEZ, Ángel I. Pérez. Competências ou Pensamento Prático? A construção dos significados de representação e de ação. In: SACRISTÁN, José Gimeno. Educar por Competências: o que há de novo? Porto Alegre: Artmed, 2011, p. 64-114.
***PRETTO, Nelson De Luca. Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2003.
Olá Renato,
Realmente a escola nesse "bombardeio pós-moderno" deve repensar sua prática uma vez que as tecnologias permitem novas possibilidades e novos formatos educativos. O professor não é a única fonte de saber, ele deve sensibilizar-se a respeito das mudanças de papéis vinculados a essa tecnologia.
Alethéia, além de repensar suas práticas é importante refletir sobre as novas habilidades, necessárias e desejáveis aos professores para apropriarem das TDIC nos processos de ensino aprendizagem cujos alunos pertencem a uma nova geração: a geração net.
Quanto a integração das TDIC ao currículo Renato, observa-se que ainda são tratados de maneira distintas e divergentes (ALMEIDA, 2003).
Mesmo com mais de duas décadas de presença das TDIC na educação, antigas práticas continuam se repetindo.
O que se verifica em muitos casos é uma inovação conservadora ainda baseada na tradicional e previsível aula de cinquenta minutos, cuja legitimidade é questionada por uma geração de alunos que vivenciam diariamente experiências de criação, participação e colaboração on-line (CYSNEIROS, 1998).
Portanto, construir ferramentas de mediação e aprimoramento entre as TDIC, a formação profissional do docente na educação básica é hoje uma questão estratégica não apenas para o desenvolvimento econômico do país, mas para a cidadania do brasileiro, visto que cada vez mais o paradigma informacional se apresenta como estruturador da sociedade pós-moderna.
A exigência da sociedade atual corresponde à formação de novas habilidades esperadas nos cidadãos da sociedade “pós-moderna”, tendo em vista princípios como: autonomia, capacidade de reflexão, trabalho colaborativo, mobilidade, mediatismo, ser um trabalhador multicompetente, multiqualificado, capaz de gerir situações de grupo, adaptar-se a situações novas e estar sempre pronto a aprender.
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