8.10.14

Experiência acadêmica com as redes sociais: um depoimento

Acredito sim que as redes sociais podem ser ferramentas utilizadas em favor da educação. Esta crença se deve a experiências positivas vividas por mim. Como exemplo, posso contar sobre a minha participação em uma disciplina de mestrado que aconteceu toda ela, online, através do facebook. Este foi utilizado como um ambiente de aprendizagem em substituição ao ambiente virtual de aprendizagem Moodle. Era nossa sala de aula, com a interação necessária entre os atores do processo de ensino e aprendizagem e o local onde eram postadas as atividades desenvolvidas pelos alunos. Ali ocorriam as discussões (fórum), tanto com o grupo inteiro quanto com pequenos grupos inbox. Foi um exercício riquíssimo que exigiu muita colaboração e cooperação por parte de todos. Outro fato curioso que essa experiência trouxe, indo na contramão daqueles que acreditam que as redes sociais levam as pessoas a viverem num mundo de ilusão e se isolarem, foi ter possibilitado o início de novas relações que jamais aconteceriam se não fosse por ela. Continuei mantendo contato com pessoas que faziam parte do grupo e, atualmente participo de outra disciplina, agora com aulas presenciais, com um daqueles colegas. Foi uma metodologia nova, num espaço novo. Foi instigante, desafiador. Através de um site (http://www.facebook.com) e de um smartphone estive 24h em sala de aula, interagindo com colegas nos horários e locais mais inusitados e com o suporte em tempo quase que integral de um professor. Tendo a oportunidade de viver experiências deste tipo como aluna, certamente faz com que eu seja uma professora melhor preparada para práticas pedagógicas mais atrativas. Diante disso, concluo que é necessário que o professor passe por experiências como estas para que ele possa fazer uso das tecnologias e suas ferramentas com propriedade.

5 comentários:

Unknown disse...

Iniciativas como esta podem acontecer quando são propostas pelo professor como um "desafio" a ser superado. Não é uma tarefa para os alunos cumprirem enquanto o professor observa e avalia, distante dos discentes, mas é uma construção de todos. Assim, o professor posiciona-se como um "guia" que caminha junto com os alunos que se sentem encorajados e mais seguros.

Joadne disse...

Ricardo, obviamente que a iniciativa parte do professor, mas ele não caminha junto no processo no sentido de participar da execução da tarefa.Há a intervenção do professor na proposta da atividade, na observação e avaliação, em tempo assincrônico.Quanto aos alunos, eles devem apresentar um produto final. O aluno deve tomar para si a responsabilidade da construção do próprio conhecimento. Como disse anteriormente, é um trabalho de cooperação e colaboração.

Saulo Furletti disse...

Tenho como experiência o trabalho com uma rede social paralela ao Facebook. O contexto de aplicação foi a educação básica. Verifiquei grande diferença relativa ao interesse dos alunos.

Fernanda Costa disse...

Colegas, acredito que trabalhar com tecnologias digitais na educação depende do interesse do professor e participação dos alunos. Desta forma será estimulante e significativo para todos.

Unknown disse...

O Ricardo chama atenção para um tópico importante, que a mudança do significado do que é ser professor. É necessário sair de uma postura onde a transmissão é o único recurso e incorporar novas perspectivas pedagógicas.