28.10.14

Educação e cultura participativa. Tema para debate

Com o advento da internet e, especialmente, por conta das interfaces (recursos) da Web 2.0, o estado das nossas relações com as mídias sofreu modificações profundas. As tecnologias digitais descentralizaram o poder da informação.

Podemos dizer que o mundo produz e consome as mídias segundo um novo paradigma.

Se com a Web 1.0 éramos, quase todos, consumidores de mídias, agora podemos nos permitir o luxo de sermos produtores (de conteúdos midiáticos).  Podemos ter nosso próprio jornal, em um blog, o nosso canal de vídeo, no YouTube. Estamos "empoderados"

“Cultura participativa” é a expressão que representa a forma como, na sociedade contemporânea, os prosumers (neologismo que combina “producer” com “consumer”) se relacionam com a mídia, alternando papéis, ora produtor, ora consumidor, mas essencialmente deixando para trás a condição, que era comum, de sermos essencialmente receptores passivos.

Para Henry Jenkins, a internet passa a ser vista como “como um veículo para ações coletivas - soluções de problemas, deliberação pública e criatividade alternativa”.

É o tempo da convergência das mídias, precisamos reconhecer a oportunidade de uma “educação transmídia”. 

A cultura participativa desafia a escola, que há muito se acomodou em um modelo de educação marcado pela atividade (essencialmente oral) do professor e pela passividade do estudante, um modelo broadcast, com o professor como um polo “emissor” e o estudante como o polo receptor, que tende a cada vez perder mais e mais sentido na sociedade do Século XXI.


Debater o desafio da educação/escola no tempo atual, frente a cultura participativa, é o propósito do encontro previsto para o dia 6 de novembro próximo.



O debate terá como referência o livro Confronting the Challenges of Participatory Culture: Media Education for the 21st Century”, organizado por Henry Jenkins.

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