Com o advento da internet e, especialmente,
por conta das interfaces (recursos) da Web 2.0, o estado das nossas relações
com as mídias sofreu modificações profundas. As tecnologias digitais
descentralizaram o poder da informação.
Podemos dizer que o mundo produz e consome as
mídias segundo um novo paradigma.
Se com a Web 1.0 éramos, quase todos, consumidores de mídias, agora podemos nos
permitir o luxo de sermos produtores (de conteúdos midiáticos). Podemos ter nosso próprio jornal, em um blog, o
nosso canal de vídeo, no YouTube. Estamos "empoderados"
“Cultura participativa” é a expressão que
representa a forma como, na sociedade contemporânea, os prosumers (neologismo que combina “producer” com “consumer”)
se relacionam com a mídia, alternando papéis, ora produtor, ora consumidor, mas
essencialmente deixando para trás a condição, que era comum, de sermos
essencialmente receptores passivos.
Para Henry Jenkins, a internet passa a ser
vista como “como um veículo para ações coletivas - soluções
de problemas, deliberação pública e criatividade alternativa”.
É o tempo da convergência das mídias, precisamos
reconhecer a oportunidade de uma “educação transmídia”.
A cultura participativa
desafia a escola, que há muito se acomodou em um modelo de educação
marcado pela atividade (essencialmente oral) do professor e pela passividade do
estudante, um modelo broadcast, com o professor como um polo “emissor” e o
estudante como o polo receptor, que tende a cada vez perder mais e mais sentido
na sociedade do Século XXI.
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